quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Libertando Deus do cativeiro.


Porque o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês escravos e não faz com que tenham medo. Pelo contrário, o Espírito torna vocês filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: “Pai, meu Pai!” (Romanos 8:15) [NTLH]

Eu acho um tanto interessante a maneira que alguns cristãos tem de aprisionar uma idéia de Deus; ou fazer dela uma lei.

É muito seguro para os lideres religiosos formar uma idéia imutável de Deus, de como Ele age, do que Ele aceita e rejeita e aplicá-la aos seus fiéis. Muitos lideres e cristãos em geral tem medo de tirar Deus da prisão de suas generalizações e deixar o Espírito Santo agir livremente.

Quando se fecha o agir de Deus a um punhado de regras, onde algumas fazem pouco sentido bíblico, limitamos o agir de Deus e o de seu Espírito.

Jesus disse incessantemente, e muitos de nós simplesmente não conseguem entender a idéia de um Deus Pai.

Queremos incessantemente olhar a Deus como um Ser Cósmico distante de nós, que impõe regras, que manda as pessoas torpes para o inferno, que condena os pecadores com toda sorte de coisas ruins.

Quando temos uma visão errônea de Deus, ou seja, uma visão de um Deus que não seja um Deus Pai, teremos séria complicações em nossa caminhada cristã.

Como aceitaremos os pecadores se temos como Deus um ser que os castiga e os lança no inferno?!

Não estou dizendo que não há castigo divino ou uma penitencia eterna. Antes de crer nessas coisas, eu creio num Deus Pai, que ama seu filho perdido e que tenta, de todas as maneiras possíveis, resgatá-lo.

Se começarmos a olhar e tratar a Deus como um Deus Pai, teremos uma intimidade muito maior com Ele. Falaremos com Ele com o temor e o respeito correto; falaremos Dele como um Deus que ama e que não desiste das ovelhas perdidas; O adoraremos e receberemos Dele sua presença de maneira pura e singular.

Quando jogarmos fora de nós o Deus “mal” e tirar da prisão o Deus Pai, seremos cristãos muito melhores, muito mais amorosos e muito mais íntimos de Deus. Claro que para isso precisaremos do Espírito Santo, mas ele nos é dado gratuitamente através de Cristo.

O julgamento não cabe no coração daquele que ama a Deus como Pai e o seu próximo como irmão.


[D.]


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Necessidade.



Eu passei esse fim de semana com um amigo muito especial.


Eu viajei até a cidade dele, e passei quase três dias lá.


Foi bem legal. Não podemos nos ver muito, então sempre aproveitamos bem sempre que podemos. Além de nos divertimos bastante, nós oramos juntos, conversamos, dormimos bem tarde e acordamos mais tarde ainda, enfim, fazemos muitas coisas juntos.



Hoje, quando estava voltando para casa comecei a sentir um vazio meio esquisito. Mas, eu já sabia o que era.



Engraçado, quando passamos um determinado tempo com alguma (ou algumas) pessoa bem especial, ou mesmo fazendo algo que significa muito para nós, quando aquilo acaba, vem um vazio.



Eu não sei se posso chamar isso de saudade. Por mais estranho que pareça, soa, a mim, mais como necessidade.



E, voltando hoje para minha casa, de volta a minha realidade, pensei: “Se sinto isso só de estar longe de um irmão, quão pior deve ser estar longe de Cristo?!”.



Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dele pela morte de Cristo na cruz. (Efésios 2:13) [NTLH]



O pior vazio que tem, é aquele que pertence a Deus.



Quando me lembro da vida que vivia sem Cristo, percebo que para aquilo eu não desejo voltar.



Através de Cristo, hoje eu tenho tudo e sou eternamente grato a Ele. Meus amigos, meu irmão, minha família; o amor que tenho a cada pessoa especial em minha vida, por mais que seja um amor incompleto e, muitas vezes, falho, é sustentado por Deus.


Precisou que Jesus morresse a morte que eu merecia para que eu tenha tudo, além de minha salvação. Não, certamente não vale à pena estar longe de Cristo.



[D.]


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Espelhos de Cristo.



Hoje eu briguei com uma pessoa que amo muito. Precisou haver uma briga para eu deixar de ser cego.


Algo me chamou a atenção em relação a briga que tive; percebi que há muitas coisas que necessito, e que certamente não ganharei pela minha própria força. Não falo de coisas materiais, mas sim de coisas espirituais e, até mesmo, morais.


Eu preciso mudar muitas coisas em mim. Eu sou um péssimo cristão. Sei que deveria ler mais a Bíblia, me dedicar mais a oração, fazer um jejum diferente, adorar a Deus de uma maneira que nunca adorei.


E talvez seja por falta disso que eu não sou tão feliz quanto poderia; eu deveria ser um amigo melhor, uma pessoa mais agradecida ao que tenho, um filho mais dedicado, um estudante mais exemplar.


Não sou sensacionalista, odeio generalizações. Mas, talvez todas essas coisas me faltem, porque eu deveria deixar Cristo moldar meu caráter.


Como Jesus Cristo molda um caráter?!


Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33) [ARC]


Esse deve ser o grande segredo.


Quando buscarmos a Deus e as coisas de Deus antes de tudo, o que necessitamos será acrescentado. Tanto ao nosso caráter, como a nossa vida.


Muitas vezes, damos nossas opiniões, pontos de vista, buscamos fazer as coisas do nosso jeito, resolver nossos problemas pelos nossos próprios caminhos.


Buscar a Deus. Buscar seu Reino. Buscar a sua justiça.


Se pararmos de resolver tudo através do nosso conhecimento, caráter e impulso e começarmos a resolver as coisas por Cristo o resultado será melhor.


Nossa moral se aperfeiçoará, nossos atos serão diferentes. No final das contas, seremos pessoas melhores. Então, se refletirá, em nós, o caráter de Cristo.


Nós temos a nosso alcance o melhor relato de como Cristo era e como devemos ser. A Palavra de Deus está acessível a nós, temos contato direto com Deus através da oração, a oportunidade de adorá-lo de todo o coração onde e quando bem entendermos e o Espírito Santo de Deus habitando em nós.


Sim, é possível termos o caráter de Cristo refletido em nós.


Muitos não recebem algo de Deus porque não estão preparados para receber algo de Deus. Falta o caráter de Cristo e a maturidade para poder lidar com os presentes que Deus dá.


Talvez essas sejam todas aquelas coisas que Deus quer nos acrescentar no final das contas, não bens materiais, mas um caráter cristão; um bom coração, uma moral irrefutável, uma conduta exemplar, e quando tivermos isso, estaremos preparados para ter todas as outras coisas que Deus sonha em nos dar.


[D.]

domingo, 13 de setembro de 2009

Amizade: Como Davi e Jônatas.



Lembro-me que há pouco tempo atrás estava passando por alguns momentos muito ruins da minha vida.

Eu estava me sentindo muito sozinho. Não é bom passar por dificuldades sem alguém do seu lado; e eu estava sozinho.

Amigos?! Bem, digamos que só os tinha em momentos felizes; amigos para sair, zoar, se divertir, nunca me faltaram.

O que eu realmente precisava era de um amigo de verdade; um amigo que me abraçasse nos momentos difíceis da vida, alguém para desabafar ou simplesmente, ter ao lado, mesmo no silêncio.

Uma das coisas boas de ter o coração voltado a Cristo é que Ele sabe de cada uma de nossas necessidades e, de acordo com a vontade dele, somos supridos.

Sim. Deus me deu um amigo muito especial. Alguém que posso chamar de irmão.

Durante essa fase tão difícil que passei, tive alguém para abraçar, chorar, orar, desabafar, ser aconselhado. É mútuo.

Saul e Davi terminaram a sua conversa. Jônatas, filho de Saul, começou a sentir uma profunda amizade por Davi e veio a amá-lo como a si mesmo. (I Samuel 18:1) [NTLH]

Porque é tão difícil de ter uma amizade como Davi e Jônatas tiveram?!

Porque reina no coração das pessoas um individualismo tão grande, que é tão difícil encontrar um amigo que nos ame como a si mesmo?!

Certamente está faltando nesse mundo boas amizades, como a de Davi e a de Jônatas. E amizades assim são extremamente importantes para Deus.

[...] Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar. (Eclesiastes 4:10) [NTLH]

Deus quer que tenhamos alguém para nos ajudar a levantar quando cairmos; alguém para levantarmos quando caírem.

Temos que amar nossos amigos como a nós mesmos; assim poderemos ajudá-los quando eles mais necessitarem.

Estar ao lado de um amigo é extremamente importante. Ter um amigo ao nosso lado é extremamente importante.

E quando digo amigo, não me refiro àquelas pessoas que simplesmente estão ao nosso lado quando tudo está bem.

E nas amizades mais cultivadas nascem os irmãos, como diz em Provérbios 17:17: O amigo ama sempre e na desgraça ele se torna um irmão. [NTLH].

[D.]

Créditos da foto: Patricia Mieskalo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

> Deus nos aceita pela fé.




Muitas vezes fico surpreso como a Igreja lida com os seus membros. É ditada uma grande lista de regras e coisas que se deve fazer.

Se você fizer uma boa parte da lista, obedecer aos pastores, der o dizimo, participar de uma lista completa de eventos e cultos, Deus estará pronto para te abençoar. Fazendo todas as exigências, ou boa parte delas, você terá o apoio da Igreja, será visto como um irmão em Cristo; um filho de Deus.

A coisa fica realmente ruim quando você não cumpre, critica ou questiona qualquer item da lista. Haverá rejeição, julgamento e, ás vezes, até exclusão. Acredite, muitas pessoas o verão como um rebelde dentro da Igreja. Todos possuem um olhar torto perante a crítica.

Aí me pergunto: É dessa maneira que a Palavra de Deus trata?
Não, certamente não é. Romanos 1:12 diz: Quer dizer, para que nos animemos uns aos outros por meio da fé que vocês e eu temos.[NTLH]

Quando há, dentro de uma comunidade cristã, regras a serem seguidas, de maneira que elas definam quem está agradando mais ou menos a Deus, haverá o julgamento de quem é um melhor cristão ou não.

O conflito causa frustração nas pessoas.

A Palavra é clara em dizer, que devemos nos animar por meio da fé. A igreja não é um lugar de conflito, de disputas. Isso não pertence ao povo que segue a Cristo. Muito pelo contrário, aquele que passa dificuldades deve ser mais bem recebido; o mais ajudado.

A Igreja tem que aceitar o pecador, ajudá-lo e ensiná-lo, em amor, antes de tudo.

Logo em seguida, Paulo diz: Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus.”. (Romanos 1:17) [NTLH]

Um pai não ama um filho somente quando ele arruma o quarto, lava a louça ou faz a lição de casa, um pai aceita seu filho da maneira que ele é. Porém, um pai amoroso tenta ensinar o seu filho a maneira correta de se viver; ensina um modo saudável e feliz de lidar com a vida.

Deus nos ama, e nos ama como um pai ama seu filho. Deus não nos aceita pelo que fazemos, ou as regras humanas que obedecemos. Não é pela quantidade de cultos que freqüentamos, ou pela quantidade de dinheiro que damos para a igreja. Deus nos aceita pela fé; E SOMENTE POR ELA.

Quando temos fé, passaremos a amar a Deus de todo nosso coração e, ao amarmos a Deus de todo nosso coração, queremos obedecê-Lo. E através do Espírito Santo, da leitura da Bíblia e de uma vida de oração, saberemos como sermos bons filhos.

[D.]